Home / Economia / Café, carnes e laranja são os maiores beneficiados com corte de 10% nas tarifas dos EUA

Café, carnes e laranja são os maiores beneficiados com corte de 10% nas tarifas dos EUA

ocrente 1763167605
Spread the love

O alívio de 10% nas tarifas de importação anunciado pelos Estados Unidos deve favorecer principalmente o café, as carnes e a laranja produzidos no Brasil, apontam dados de 2024 do Ministério da Agricultura (Mapa) e de associações setoriais. Juntos, esses três itens respondem por cerca de 70% do volume brasileiro contemplado pela medida.

No topo da relação está o café. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 33% das vendas externas do grão têm como destino o mercado norte-americano. Em outubro, porém, os embarques de café verde recuaram 20% em comparação ao mesmo mês de 2024, cenário atribuído a uma safra menor, problemas logísticos nos portos e à tarifa adicional de 50% imposta pelos EUA em abril. “O recuo era esperado, mas foi agravado pelo tarifaço”, afirmou Márcio Ferreira, presidente do Cecafé.

A carne bovina também deve ganhar fôlego. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, a retirada dos 10% “devolve previsibilidade ao mercado” e é vista como sinal positivo para o setor.

Na cadeia de laranja, os Estados Unidos absorvem mais de 42% da produção brasileira. Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Sucos Cítricos (CitrusBR), antes do anúncio havia temor de que o aumento de custos levasse produtores a deixar frutos apodrecerem no pé, caso se confirmassem as piores projeções tarifárias.

Outros itens incluídos

A lista norte-americana contempla ainda mais de 100 produtos e variações de apresentação (fresco, congelado ou enlatado). Entre eles estão:

  • Fertilizantes;
  • Frutas tropicais como abacaxi, mamão e manga;
  • Banana;
  • Tomate, in natura e processado;
  • Cacau.

As novas condições entram em vigor após a Casa Branca retirar, em 14 de novembro de 2025, as chamadas “tarifas recíprocas” aplicadas em abril pelo então presidente Donald Trump.

Com informações de Gazeta do Povo