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Brasileiros com até dois salários mínimos declaram maior sensação de prosperidade que os mais ricos

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Brasileiros de menor renda relatam sentir-se mais prósperos do que aqueles com ganhos elevados, revela a pesquisa “O que é prosperidade para o brasileiro”, conduzida pelo Sicredi em parceria com o Instituto Datafolha. Os resultados foram apresentados na quinta-feira, 3 de dezembro de 2025, em São Paulo.

Segundo o levantamento, 46% das pessoas que recebem até dois salários mínimos afirmam ter alto nível de prosperidade. Entre os que ganham mais de dez salários mínimos, a taxa cai para 32%.

Para Paulo Alves, gerente de pesquisa de mercado do Datafolha, os números indicam que a prosperidade é percebida de forma subjetiva. “A renda não é o meio principal, mas um caminho para se conjugar outros aspectos que levam ao se sentir próspero”, afirmou.

Quatro dimensões da prosperidade

A pesquisa identificou quatro dimensões que compõem o conceito de prosperidade para o brasileiro:

  • Econômica – 39% de peso na percepção geral;
  • Bem-estar psicológico – 26%;
  • Espiritualidade com propósito de vida – 21%;
  • Vínculos sociais – percentual restante.

Dentro da dimensão econômica, os principais fatores associados à sensação de prosperidade são trabalhar com satisfação (16%) e ter qualidade de vida aliada a acesso a tecnologia e ferramentas (15%). A aquisição de bens e o empreendedorismo somam 4%, enquanto a estabilidade financeira aparece com 3%.

Mulheres e idosos se sentem mais prósperos

O estudo também mostra que mulheres relatam maior prosperidade que homens, e idosos se veem mais prósperos do que pessoas com menos de 60 anos. Além disso, 66% dos entrevistados atribuem a prosperidade ao próprio esforço; 34% acreditam que os resultados acontecem naturalmente.

Metodologia

A pesquisa foi realizada em duas etapas. A fase qualitativa envolveu grupos focais em todas as regiões do país, com participantes das classes A, B e C. Na fase quantitativa, 2.003 pessoas foram entrevistadas em 113 cidades de 25 estados entre 8 e 17 de setembro de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O público entrevistado inclui homens e mulheres a partir de 16 anos.

Com informações de Gazeta do Povo