O envio da relação oficial de credores do Banco Master ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) ainda não ocorreu e deve adiar o início dos pagamentos para 2026. Até esta sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, o interventor responsável pela liquidação da instituição não encaminhou a documentação exigida, etapa indispensável para a liberação dos valores.
A demora coincide com a crescente pressão sobre o Banco Central (BC), que será representado em uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF) e terá de prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a condução do processo.
O FGC calcula que cerca de 1,6 milhão de pessoas físicas e jurídicas tenham direito a ressarcimentos que somam aproximadamente R$ 41 bilhões, a maior operação já realizada pelo fundo. Pelas regras atuais, o limite de garantia é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em depósitos e investimentos.
Depois de receber a lista de credores, o FGC precisa de ao menos dois dias úteis para iniciar os repasses. Como o documento não foi entregue, não há mais prazo para que os pagamentos comecem neste ano.
A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada pelo Banco Central para conduzir a liquidação, sob coordenação técnica de Eduardo Felix Bianchini, servidor aposentado da autarquia e experiente em processos semelhantes.
Enquanto aguarda a conclusão dos trâmites, o FGC orienta os credores a realizarem um cadastro preliminar em seu aplicativo ou site. A solicitação formal de restituição será aberta somente em fase posterior.
O caso expõe falhas operacionais, atrasos administrativos e pressões institucionais que agora envolvem simultaneamente o Banco Central, o STF e o TCU.
Com informações de Gazeta do Povo
