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Anotação apreendida pela PF cita Lulinha em investigação sobre fraudes contra aposentados do INSS

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Brasília – Uma agenda recolhida pela Polícia Federal durante a Operação Sem Desconto registra o nome de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, associando o filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um esquema suspeito de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O apontamento, localizado ao lado de orientações para retirada de ingressos de camarote em Brasília, descreve “Fábio (filho Lula)” e indica que as credenciais deveriam ser procuradas junto a “Antônio” – identificado pelos investigadores como Antônio Carlos Antunes, considerado o principal operador do esquema.

Ligação com outros investigados

A PF afirma que a conexão de Lulinha com o grupo passa pela empresária e lobista Roberta Luchsinger, amiga próxima do ex-detentor de concessões de telefonia. Interceptações telefônicas mostram Roberta manifestando preocupação depois que os agentes encontraram um envelope “com o nome do nosso amigo” e aconselhando Antônio Carlos a eliminar possíveis provas.

Movimentações financeiras

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam que Roberta Luchsinger recebeu R$ 1,5 milhão de Antônio Carlos. Documento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso menciona que o montante teria como destino “o filho do rapaz”, interpretação que os investigadores relacionam a Lulinha.

Posicionamento dos envolvidos

O advogado de Roberta Luchsinger declarou que os dados foram retirados de contexto. Já Marco Aurélio de Carvalho, amigo de Lulinha, disse que o empresário não é alvo formal da Operação Sem Desconto e classificou as citações como “fofocas e vilanias”. O presidente Lula afirmou que, caso haja envolvimento do filho, “ele será investigado”.

Situação na investigação

Até o momento, Lulinha não figura oficialmente entre os investigados. Dentro da corporação, há divergência: parte dos delegados defende aprofundar as apurações envolvendo o nome dele, enquanto outra ala considera frágeis as evidências já reunidas.

As diligências da Operação Sem Desconto continuam sem previsão de conclusão.

Com informações de Gazeta do Povo