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Deputado Ottoni de Paula Defende Sua Participação em Evento com Lula e Responde a Críticas

Deputado Ottoni de Paula em vídeo público justificando sua participação em evento com Lula, mencionando a importância da oração pelas autoridades e respondendo a críticas de pastores e líderes religiosos.

O deputado evangélico Ottoni de Paula veio a público, em um vídeo contundente, para se defender das acusações e críticas que recebeu após sua participação em uma cerimônia onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Dia Nacional da Música Gospel.

Em sua fala, Ottoni expôs mensagens recebidas de líderes religiosos e respondeu a questionamentos de figuras públicas, como o pastor André Valadão. O conteúdo do vídeo traz à tona reflexões sobre fé, política e a postura da igreja evangélica diante de autoridades governamentais.

Ameaças e Pressões de Lideranças Religiosas

Logo no início de sua fala, Ottoni revela que foi alvo de ameaças de um grande líder religioso, o qual não mencionou nominalmente, mas sugeriu que se tratava de alguém influente. Segundo o deputado, ele recebeu um áudio em que foi alertado de que suas votações e ações públicas seriam expostas para desmascará-lo.

“Esse vídeo é para quem acha que eu vendi a minha honra”, afirmou Ottoni, referindo-se a insinuações de que teria comprometido seus princípios. Ele descreveu a pressão que sofreu quando, ainda durante o governo Bolsonaro, teve sua privacidade invadida pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal. Contas, e-mails e celulares foram investigados, mas, segundo ele, nada foi encontrado para desabonar sua conduta.

A Participação no Evento de Sancionamento do Dia da Música Gospel

Ottoni explica que sua presença na cerimônia de sancionamento do Dia da Música Gospel foi uma missão oficial, representando o deputado Silas Câmara, como vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica. Ele frisou que sua presença no evento não representava uma mudança de posicionamento político ou uma aliança com Lula, mas sim o cumprimento de seu papel institucional.

Durante seu discurso na cerimônia, Ottoni mencionou que o Deus que levanta e derruba reis também pode usar qualquer líder, independentemente de suas crenças ou posicionamento político, para cumprir Seus propósitos. Ele fez referência ao rei Ciro, da Pérsia, que foi usado por Deus para proteger o povo de Israel, comparando-o ao papel desempenhado por Lula em um episódio importante para a liberdade religiosa no Brasil.

“Eu nunca fui PT, eu nunca fui Lula, eu fui orar pelo presidente da República”, afirmou o deputado, destacando que sua presença no evento foi deturpada por críticos.

O Caso da PLC 122 e a Liberdade Religiosa

Um dos pontos centrais de sua fala foi a menção à participação de Lula, em 2003, na derrubada da PLC 122, um projeto que, se aprovado, teria, segundo Ottoni, imposto sérias restrições à liberdade religiosa, especialmente para as igrejas evangélicas. O projeto de lei buscava transformar as igrejas em associações civis comuns, o que, de acordo com o deputado, forçaria a realização de casamentos homossexuais em templos religiosos.

Ottoni relatou que, na época, líderes evangélicos e católicos se uniram para lutar contra a PLC 122, e Lula sancionou uma lei que preservava a liberdade religiosa. Esse episódio, segundo o deputado, é um exemplo de como Deus pode usar qualquer governante para cumprir Seus planos.

Críticas e Respostas a André Valadão

A resposta de Ottoni às críticas feitas pelo pastor André Valadão também foi um dos pontos de destaque no vídeo. Valadão teria feito comentários debochados em suas redes sociais sobre a participação de Ottoni no evento com Lula. Em sua resposta, o deputado afirmou que, enquanto Valadão vive na América, ele, Ottoni, está na linha de frente da batalha no Brasil, defendendo os valores cristãos no campo político.

“A igreja não é de direita, não é de esquerda, a igreja é do Senhor Jesus”, declarou Ottoni, reforçando sua posição de que a fé cristã transcende divisões políticas. Ele também desafiou os críticos a refletirem sobre o papel da igreja em orar por qualquer autoridade, independentemente de suas preferências políticas.

O Papel da Igreja e a Importância da Oração

Um dos momentos mais profundos do vídeo foi quando Ottoni questionou se os cristãos estariam dispostos a orar por Lula, assim como o fazem por outros líderes, independentemente de suas preferências políticas. Ele destacou que a autoridade de todo governante é constituída por Deus, e que é dever da igreja interceder pela vida e salvação de qualquer líder, seja Lula, Bolsonaro ou qualquer outro.

“Toda vez que o presidente da República me chamar lá pra orar por ele, eu vou orar, gostando você ou não”, declarou Ottoni, reafirmando seu compromisso com sua fé e com seu dever de orar por aqueles que ocupam cargos de autoridade.

Conclusão

O vídeo de Ottoni de Paula revela as tensões que existem entre fé e política, especialmente dentro da comunidade evangélica brasileira. Ao defender sua participação no evento com Lula, Ottoni buscou reafirmar seu compromisso com a liberdade religiosa e a importância de orar por todas as autoridades, independentemente de suas crenças políticas. Ele deixou claro que, apesar das críticas e pressões, não abrirá mão de seus princípios e continuará lutando pela causa da fé cristã no Brasil.

REFLEXÃO DE O CRENTE

As justificativas apresentadas pelo deputado Ottoni de Paula em sua defesa de orar pelas autoridades constituídas são, de fato, fundamentadas biblicamente. Em 1 Timóteo 2:1-2, a Palavra de Deus nos orienta a interceder por “todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade”. Orar por governantes, independentemente de suas ideologias, é uma responsabilidade cristã.

No entanto, as palavras e os gestos de afago que Ottoni direciona ao presidente Lula, e até ao prefeito Eduardo Paes, levantam questionamentos sobre a isenção política que ele próprio defende. Ele afirmou que “a igreja não é de direita, nem de esquerda, mas do Senhor Jesus” — uma verdade inquestionável. A igreja pertence a Cristo, e seus valores e princípios devem estar em consonância com os ensinamentos d’Ele.

Porém, essa neutralidade política pode, por vezes, parecer incoerente quando se trata de apoiar ou elogiar aqueles que defendem posturas contrárias aos valores do Reino de Deus. Podemos, como cristãos, desconsiderar o fato de que alguns governantes promovem ideais que confrontam diretamente os ensinamentos de Jesus? Aborto, liberação das drogas, ideologia de gênero, perseguição política, controle e censura são pontos que claramente contradizem a vontade do Pai.

No Salmo 1:1-2, a Bíblia nos adverte: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. O verdadeiro seguidor de Cristo deve estar atento para não se aliar a ideologias que afrontam a santidade de Deus.

Então, como crentes, cabe a nós refletir: devemos orar por todos, sim, mas também temos o dever de nos posicionar com firmeza contra práticas que contrariam os valores de Deus. Em momentos como esse, é fundamental discernir e não se calar diante do que é claramente contrário aos ensinamentos de Jesus.

E você, como crente, o que acha?

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