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Deputadas propõem homenagem a deputado italiano que apontou localização de Carla Zambelli

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As deputadas federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) protocolaram requerimentos para homenagear o parlamentar italiano Ângelo Bonelli, que comunicou às autoridades da Itália o endereço onde a deputada Carla Zambelli (PL-SP) se encontrava em Roma.

O gesto das congressistas será formalizado após o fim do recesso legislativo. A Câmara retoma os trabalhos na sexta-feira, 1º de agosto, um dia depois do encerramento do recesso, marcado para quinta-feira, 31 de julho.

Dois tipos de reconhecimento

Sâmia Bomfim solicitou a concessão do título de cidadão honorário do Brasil a Bonelli. No texto, a deputada alega que o colega italiano teve “atuação firme e incansável” ao colaborar com autoridades brasileiras e italianas, contribuindo para que Zambelli fosse responsabilizada.

Duda Salabert apresentou moção de agradecimento. Para a parlamentar mineira, Bonelli “agiu com firmeza, ética e transparência, contribuindo de forma decisiva para que a Justiça brasileira avançasse no cumprimento da lei”.

Como Bonelli ajudou

Ângelo Bonelli afirmou ter identificado o apartamento onde Zambelli estava e repassado as informações à polícia italiana. Ele disse ter ficado contrariado com declaração da deputada brasileira segundo a qual seria “intocável” na Itália por possuir cidadania.

Situação de Zambelli

Carla Zambelli foi presa em Roma na terça-feira, 29 de julho, e passará por audiência de custódia nesta sexta-feira, 1º de agosto. O juiz decidirá se ela continua detida, se a prisão será relaxada ou se avançará o pedido de extradição feito pela Justiça brasileira.

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Imagem: Vinícius Loures via gazetadopovo.com.br

A defesa da deputada afirma que a prisão não ocorreu por causa da denúncia de Bonelli. Segundo o advogado Fabio Pagnozzi, a parlamentar “decidiu se entregar às autoridades italianas” e aguardava comunicação oficial para se apresentar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Zambelli a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ação que teria sido articulada com o hacker Walter Delgatti Neto.

Com informações de Gazeta do Povo