Conselheira “evangélica” de Lula se reelege sem apoio da sua igreja Assembleia de Deus

Aava Santiago desafia normas conservadoras em Goiás, gerando controvérsia ao distanciar-se da fé e do apoio da Assembleia de Deus.
A vereadora Aava Santiago entre o presidente Lula e a primeira-dama Janja (Foto: Ricardo Stuckert)
A vereadora Aava Santiago entre o presidente Lula e a primeira-dama Janja (Foto: Ricardo Stuckert)

Aava Santiago (PSDB-GO) se tornou uma figura controversa na política goiana após sua reeleição como vereadora, onde conquistou a maior votação já registrada por uma mulher na Câmara Municipal de Goiânia. Com 34 anos e filha de missionários, Aava tem se distanciado do uso da religião em sua campanha, provocando descontentamento entre líderes da Assembleia de Deus, sua igreja.

Campanha sem Envolvimento Religioso

Durante sua campanha, Aava Santiago focou na defesa de direitos que muitos conservadores consideram secundários, como questões ambientais e educação infantil. Ao triplicar sua votação em relação a 2020, Aava conseguiu 10.482 votos, superando Geverson Abel (Republicanos), apoiado pela Assembleia de Deus, que ficou com 9.220 votos. Essa vitória levanta debates sobre a relevância da fé na política.

Conflitos com a Assembleia de Deus

A decisão de Aava em não usar a fé como um trunfo político gerou rixas dentro da Assembleia de Deus, que optou por apoiar outros candidatos. Essa postura é vista como uma traição por muitos membros da comunidade evangélica, que esperavam uma representação mais alinhada com os valores conservadores.

Uma Nova Postura Política em Debate

Aava afirma que sua autenticidade política ressoa com eleitores que buscam uma alternativa, mas essa visão não é unânime. Sua conexão com o governo Lula e suas tentativas de construir pontes com grupos religiosos divergem das expectativas conservadoras, levando a um questionamento sobre o futuro da representação evangélica na política.

Aava Santiago levanta questões sobre como os valores conservadores estão sendo desafiados e reinterpretados na política atual. Sua trajetória pode ser um alerta para os conservadores sobre a necessidade de manter a integridade dos princípios éticos e religiosos na esfera pública.

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