Os combates em Al Sueida, no sul da Síria, prosseguiram nesta quarta-feira (16) mesmo após o governo de Damasco anunciar cessar-fogo. Facções drusas, milícias beduínas e tropas do regime trocaram tiros na região de maioria drusa, forçando milhares de moradores a abandonar suas casas.
O Exército sírio enviou reforços ao local, mas, segundo acordado na madrugada desta quinta (17), começou a retirar seus efetivos depois de três dias de enfrentamentos. O recuo ocorreu após negociação entre lideranças drusas e autoridades do país.
Israel reage
Diante do avanço de grupos jihadistas aliados ao governo sírio e de milícias beduínas contra a minoria drusa, Israel decidiu intervir de forma limitada. Caças israelenses executaram ataques de precisão contra posições do Exército e da segurança interna síria, além de instalações governamentais em Damasco, incluindo o prédio do Ministério da Defesa e áreas próximas ao palácio presidencial.
Segundo fontes militares, a operação teve três objetivos: cumprir compromisso moral com a comunidade drusa israelense, impedir que jihadistas se aproximem da fronteira — Al Sueida fica a cerca de 60 km de Israel — e reforçar a dissuasão frente ao regime de Bashar al-Assad.
Início da escalada
A crise começou com sequestros e tumultos entre drusos e beduínos sunitas que apoiam o governo. Relatos indicam centenas de mortos, civis e militares, além de denúncias de massacres e perseguição religiosa atribuídas às forças do regime.
Em pronunciamento, o presidente sírio Ahmad al-Sharaa afirmou que pretende proteger os drusos e que uma guerra com Israel quase foi deflagrada, mas acabou evitada por mediação internacional.
Embora o cessar-fogo tenha reduzido a violência em Al Sueida, autoridades locais e observadores alertam que novos confrontos podem eclodir a qualquer momento.
Com informações de Pleno.News