A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi encaminhada na terça-feira (29) ao Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma, ficando alojada na ala feminina Germana Stefanini. A parlamentar deixou o Brasil após ser condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e passou a ser alvo de um pedido de prisão preventiva apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Estrutura e lotação
Com 260 mil metros quadrados, Rebibbia é considerado um dos maiores complexos prisionais da Europa e é dividido em três unidades: duas masculinas e uma feminina. Segundo dados do Departamento de Administração Penitenciária da Itália, até o fim de junho havia 369 mulheres na ala onde Zambelli está, cerca de cem acima da capacidade prevista. Em todo o complexo, o número de detentos passa de 1,5 mil.
Mais de 30% das internas são estrangeiras. O local recebe presas de segurança máxima e média, além de mulheres que aguardam julgamento.
Histórico do presídio
O complexo romano já foi administrado por freiras e recebeu, em 2024, a visita do então papa Francisco. A superlotação é apontada como um dos principais problemas da unidade.
Situação processual da deputada
Zambelli terá audiência de custódia nesta sexta-feira (1º). Na sessão, a Justiça italiana decidirá se ela permanecerá detida em Rebibbia, se poderá ficar em prisão domiciliar ou aguardar em liberdade o processo de extradição para o Brasil.

Imagem: Bruno Spada via gazetadopovo.com.br
Em maio, a Primeira Turma do STF condenou a deputada a dez anos de reclusão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão também determinou a perda do mandato e o pagamento de R$ 2 milhões em danos materiais e morais. No mês seguinte, Zambelli declarou que deixaria o país para realizar tratamento médico.
Com informações de Gazeta do Povo