Home / Política / Comissão de Ética da Presidência libera Anielle Franco para atuar no conselho da Alelo

Comissão de Ética da Presidência libera Anielle Franco para atuar no conselho da Alelo

Spread the love

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) autorizou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ocupar uma cadeira no Conselho de Administração da Alelo, empresa controlada pelo Grupo Elopar — holding formada por Banco do Brasil e Bradesco.

A relatoria do pedido ficou a cargo de Maria Lúcia Barbosa, que avaliou não haver conflito de interesses entre as funções ministeriais e o cargo no setor privado. Embora tenha dado parecer favorável, a conselheira definiu restrições preventivas para assegurar o equilíbrio das atividades.

Restrições impostas pela CEP

Entre as exigências, Anielle Franco:

  • não poderá divulgar nem utilizar informações privilegiadas em benefício da Alelo;
  • deverá abster-se de participar de decisões que envolvam interesses específicos da companhia;
  • terá de garantir que o novo posto não prejudique o desempenho à frente do Ministério da Igualdade Racial.

Posicionamento do Banco do Brasil

Em nota, o Banco do Brasil informou que a indicação passou por processo de avaliação interna, que checou requisitos legais, normas estatutárias e práticas de governança. A instituição ressaltou que a escolha leva em conta a diversidade de perfis e experiências.

Experiência anterior no setor privado

Esta não é a primeira vez que a ministra se junta a um conselho de empresa privada. Em 2023, ela integrou o colegiado da Tupy, metalúrgica de capital aberto, sem solicitar aval prévio da CEP. O caso só foi analisado e aprovado depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a nomeação.

Estrutura do conselho da Alelo

Conforme o estatuto da companhia, o Conselho de Administração da Alelo pode ter até oito membros, acionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral para mandatos de dois anos, com possibilidade de reeleição.

Procurada, a Alelo preferiu não comentar a indicação. A reportagem também não obteve retorno da ministra Anielle Franco.

Com informações de Direitaonline