Brasília — O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou nesta quarta-feira (6/8) que não vê viabilidade política para o processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e garantiu que não assinará o pedido em circulação no Senado.
Em entrevista ao Contexto Metrópoles, o presidente nacional do Progressistas classificou a iniciativa como “pauta impossível”. “Não assinei e não vou assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre. Nós não temos 54 senadores para aprovar. Não perco tempo com pautas que não vão ter sucesso”, declarou.
Nogueira explicou que, mesmo com número expressivo de assinaturas, a abertura do processo depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado”, reforçou.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro tentam coletar o apoio mínimo de 41 parlamentares para pressionar pela admissibilidade do pedido. Para afastar um ministro do STF, no entanto, são necessários 54 votos favoráveis no plenário.
O senador citou sua experiência no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, para justificar a postura atual. “Fui um dos responsáveis quando levamos o Progressistas e partidos de centro a vencer porque havia condições de vitória”, lembrou.
Na véspera, Ciro Nogueira foi à residência de Bolsonaro, em Brasília, onde o ex-chefe do Executivo cumpre prisão domiciliar por ordem de Moraes. Ele foi o primeiro parlamentar autorizado pelo STF a visitá-lo e, após o encontro, afirmou que o ex-presidente demonstrava tristeza.
Com a avaliação de que não há sustentação política suficiente, o líder progressista reiterou que não participará de novas movimentações para o impeachment do ministro.
Com informações de Direita Online
