Na sessão que abriu o segundo semestre da Justiça Eleitoral, realizada nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, declarou que o ministro Alexandre de Moraes “terá seu papel na história sempre lembrado”, sobretudo pela condução do pleito presidencial de 2022.
“Esta Justiça Eleitoral segue fazendo o que é seu dever: observar e aplicar a Constituição e as leis da República”, disse Cármen Lúcia. A ministra ressaltou que Moraes, seu antecessor no comando do TSE, atuou com “os rigores da lei e garantias dos direitos de todos os brasileiros” em um momento de “extrema dificuldade”.
Moraes presidiu o TSE durante a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro e, no STF, relata o inquérito que investiga o ex-presidente por suposta tentativa de golpe de Estado após o resultado eleitoral.
O pronunciamento ocorre dois dias depois de os Estados Unidos aplicarem sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky. Washington também revogou os vistos do ministro e de outros sete integrantes do Supremo, incluindo Cármen Lúcia, alegando violações de direitos humanos e corrupção. O ex-presidente Donald Trump, segundo o governo norte-americano, classificou os processos contra Bolsonaro como “caça às bruxas”.

Imagem: André Borges via gazetadopovo.com.br
Na própria sexta-feira, durante sessão do STF, Moraes afirmou que “ignorará” as medidas impostas pelos EUA. Ele recebeu apoio público do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e do decano Gilmar Mendes. Cármen Lúcia não se manifestou sobre as sanções naquela ocasião.
Com informações de Gazeta do Povo