Horas antes de ser detida na Itália, nesta terça-feira (29), a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) divulgou um vídeo no qual elogia o Judiciário italiano e critica o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro.
“Aqui ainda temos Justiça e democracia. Não temos ditador no poder. Não temos a autoridade ditatorial de Alexandre de Moraes e seus comparsas da Suprema Corte”, afirmou a parlamentar na gravação, feita enquanto se preparava para se entregar às autoridades locais.
No mesmo registro, Zambelli declarou que não pretende voltar ao Brasil para cumprir a pena de 10 anos de prisão imposta pelo STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos em 2023. “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, vou cumprir aqui na Itália, que é um país justo e democrático”, disse.
Condenação e captura
O nome da deputada foi incluído na lista vermelha da Interpol no início de julho, o que permitiu que a polícia internacional fosse acionada para localizá-la. Após ser encontrada, Zambelli negou tentativa de fuga: “Estou resistindo e vou continuar resistindo”, declarou.
Defesa argumenta parcialidade
No vídeo, o advogado Fábio Pagnozzi informou que a apresentação da cliente foi um ato de cooperação voluntária com as autoridades italianas. “Ela busca a não extradição e, obviamente, ser julgada com imparcialidade e Justiça”, afirmou, acrescentando que a deputada nunca esteve foragida e aguardava um posicionamento oficial para se entregar.
Até o momento, o STF não recebeu notificação formal da prisão. A defesa pretende impedir a extradição sob o argumento de que o julgamento no Brasil teria sido parcial e motivado politicamente.
Com informações de Direita Online