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Bukele reage à investigação venezuelana e afirma que Maduro “ficou sem reféns” dos EUA

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O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, criticou nesta terça-feira (22.jul.2025) a decisão da Procuradoria-Geral da Venezuela de abrir investigação contra ele por suposta tortura de detentos venezuelanos mantidos na prisão de segurança máxima Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot).

Na segunda-feira (21), o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, anunciou apuração contra Bukele, o ministro salvadorenho da Justiça e Segurança Pública, Héctor Gustavo Villatoro, e o vice-ministro e diretor-geral de Centros Penais, Osiris Luna Meza. Segundo Saab, os três teriam permitido maus-tratos a 252 venezuelanos que estavam encarcerados em El Salvador e foram repatriados na semana passada.

Os detentos, apontados como integrantes da quadrilha Tren de Aragua, haviam sido transferidos para o Cecot após um acordo com o governo dos Estados Unidos, que se comprometeu a pagar US$ 6 milhões pela custódia. Na última sexta-feira (18), Washington e Caracas firmaram um pacto que trocou esses 252 venezuelanos por dez cidadãos norte-americanos presos na Venezuela.

Pelas redes sociais, Bukele afirmou que o regime de Nicolás Maduro “ficou satisfeito” com a troca, mas agora “grita e se indigna” porque “acabou de perceber que ficou sem reféns do país mais poderoso do mundo”. Em outro comentário, o presidente salvadorenho ironizou que a irritação de Caracas não se deve ao acordo em si, mas à perda de influência junto aos Estados Unidos.

O secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, declarou no X que o acerto também prevê a libertação de presos políticos venezuelanos.

A Procuradoria venezuelana não informou prazos nem detalhes sobre os próximos passos da investigação contra as autoridades de El Salvador.

Com informações de Gazeta do Povo