O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, que “não tem nada a ver” com as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A fala ocorreu na saída da sede nacional do PL, em Brasília, depois de questionamentos de jornalistas.
Mais cedo, a administração do presidente Donald Trump comunicou a aplicação da Lei Magnitsky a Moraes, atribuindo ao magistrado uma “campanha opressiva de censura”, detenções arbitrárias e “processos politizados” – entre eles, o que coloca Bolsonaro no banco dos réus por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Moraes é relator da ação penal que envolve o ex-chefe do Executivo. Desde 18 de julho, Bolsonaro cumpre medidas cautelares determinadas pelo ministro e tem evitado conceder entrevistas, apesar de não haver proibição formal.
No mesmo anúncio, a Casa Branca confirmou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com exceção para quase 700 itens. No decreto, Trump reiterou que Bolsonaro e seus apoiadores enfrentam “perseguição, intimidação e censura” em um “processo politicamente motivado” no Brasil.

Imagem: Camila Abrão via gazetadopovo.com.br
O julgamento de Bolsonaro e de outros sete acusados, apontados pela Procuradoria-Geral da República como integrantes do “núcleo 1” da suposta conspiração golpista, está previsto para agosto ou setembro na Primeira Turma do STF. O processo encontra-se na fase de alegações finais, e a PGR já defendeu a condenação do grupo.
Com informações de Gazeta do Povo