Rebeldes ligados ao grupo extremista Estado Islâmico invadiram uma igreja católica em Komanda, no nordeste da República Democrática do Congo, na manhã de domingo, 27 de julho, e mataram pelo menos 43 fiéis, entre os quais nove crianças, segundo autoridades locais e organismos internacionais.
A autoria foi atribuída às Forças Democráticas Aliadas (ADF), movimento insurgente surgido em Uganda que opera no leste congolês e declarou lealdade ao Estado Islâmico em 2019. Testemunhas relataram que os agressores interromperam o culto, efetuaram execuções e sequestraram vários participantes.
Vítimas esfaqueadas e incêndios
A Missão de Estabilização das Nações Unidas para a República Democrática do Congo (Monusco) informou que a maior parte das vítimas foi esfaqueada dentro do templo. Em nota, a vice-chefe da missão lamentou a brutalidade e acrescentou que casas e lojas foram incendiadas, aprofundando a crise humanitária na região.
O Exército congolês classificou o episódio como “massacre em larga escala” e acusou as ADF de atacar civis indefesos para semear terror após um período de relativa calmaria na província de Ituri.
Região sob constante conflito
Mais de 130 grupos armados atuam no leste da RD Congo, onde se concentram reservas de ouro, diamantes, coltan e cobalto. Embora um cessar-fogo com o grupo rebelde M23 tenha sido firmado em julho, o ataque em Komanda evidencia a fragilidade da segurança local.
Reconhecidas pela violência extrema, as ADF utilizam frequentemente facões e machados. Sua aliança com o Estado Islâmico elevou a capacidade operacional e o alcance simbólico dos atentados.

Imagem: Portas Abertas via folhagospel.com
Organizações humanitárias apelam por respostas mais incisivas da comunidade internacional, cobrando proteção a civis, assistência de emergência e reconstrução das áreas afetadas.
Enquanto isso, moradores de Komanda enfrentam o luto, o trauma e a incerteza, após verem seu local de culto transformado em palco de violência.
Com informações de Folha Gospel