O deputado republicano Rich McCormick, que representa o estado da Geórgia na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, afirmou que pessoas próximas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverão figurar na próxima rodada de sanções aplicadas pelo governo Donald Trump.
Em publicação na rede social X, McCormick declarou que Moraes foi punido com base na Lei Magnitsky Global, dispositivo que autoriza Washington a bloquear bens e restringir vistos de indivíduos acusados de violar direitos humanos ou de envolvimento em corrupção ao redor do mundo. “A justiça finalmente está sendo feita. Seus aliados serão os próximos. O OFAC aplicará a lei com todo o rigor”, escreveu o parlamentar, referindo-se ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA.
Segundo o congressista, ele e outros colegas vêm solicitando “há meses” que a Casa Branca adote medidas contra autoridades brasileiras consideradas por eles violadoras de direitos humanos. McCormick já havia se manifestado em fevereiro, quando criticou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, classificou Bolsonaro como vítima de perseguição política e acusou Moraes de “armar o Judiciário” para interferir nas eleições de 2026, suprimir a oposição e favorecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A sanção contra o ministro do STF foi oficializada pelo Departamento do Tesouro norte-americano na quarta-feira. A inclusão de Moraes na lista do OFAC implica congelamento de eventuais ativos nos Estados Unidos e proibição de entrada no país, além de restrições a transações com cidadãos ou empresas norte-americanas.
A Lei Magnitsky, aprovada em 2012 e ampliada em 2016 para alcance global, é utilizada pelos EUA para punir indivíduos de qualquer país suspeitos de abusos de direitos humanos ou atos de corrupção significativa.
Imagem: Isabella de Paula via gazetadopovo.com.br
McCormick não mencionou nomes de possíveis futuros alvos, mas reiterou que o grupo de parlamentares republicanos continuará pressionando o governo para estender as sanções a outros brasileiros ligados ao ministro.
Com informações de Gazeta do Povo
