O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), criticou as sanções anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que preveem tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas foram divulgadas na quarta-feira (30) e o posicionamento de Alcolumbre veio quase 12 horas depois, já na madrugada desta quinta-feira (31).
Em nota divulgada nas redes sociais, Alcolumbre declarou que “o Congresso Nacional não admite interferências na atuação dos nossos Poderes” e reforçou a “confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável”.
O tom adotado repete o do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que horas antes também enfatizara a independência e a soberania dos Três Poderes. Ambos foram citados pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como possíveis alvos futuros de sanções norte-americanas, caso avancem pautas como a anistia ampla e o processo de impeachment contra Moraes.
Alcolumbre ressaltou que o Poder Legislativo “permanece atento e unido na defesa dos interesses nacionais” e que o Senado vem buscando “soluções equilibradas” para preservar as relações bilaterais, além de trabalhar por “cooperação internacional” a fim de restaurar a confiança entre Brasil e Estados Unidos.
Hugo Motta, por sua vez, reafirmou que a Câmara será “sempre espaço de diálogo e equilíbrio na defesa da institucionalidade e do Brasil”, referência que surge em meio às críticas da oposição pela decisão de não interromper o recesso parlamentar após a imposição de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e a restrição de acesso às redes sociais.

Imagem: Jefferson Rudy via gazetadopovo.com.br
As sanções de Trump incluem um “tarifaço” que pode atingir até 60% das exportações brasileiras para o mercado norte-americano, além de monitoramento reforçado das agências de fiscalização dos Estados Unidos sobre a relação comercial com o Brasil.
Com informações de Gazeta do Povo