O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), reuniu-se na terça-feira (29) com executivos de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos para tratar do imposto de 50% anunciado pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros e da futura regulamentação das redes sociais.
Quando e onde: o encontro ocorreu em Brasília. Quem participou: representantes da Meta, Google, Amazon, Apple, Expedia e da operadora de cartões Visa.
Alckmin classificou a tarifa como “injustificável” e informou que houve entendimento para organizar uma segunda reunião, desta vez com a presença de um delegado do Departamento de Comércio dos EUA, a fim de aprofundar o debate sobre segurança jurídica e parâmetros regulatórios.
Mesa de trabalho
Segundo o vice-presidente, foi criada uma mesa de trabalho destinada a avaliar o ambiente regulatório, as oportunidades econômicas e os impactos da inovação tecnológica, além de discutir mecanismos que ofereçam segurança jurídica às empresas.
Argumentos do governo brasileiro
Alckmin ressaltou que os Estados Unidos registram superávit na balança comercial com o Brasil e que, portanto, um imposto de 50% “não tem justificativa”. Ele também citou dados de comércio exterior: de janeiro a junho, as exportações brasileiras para o mercado norte-americano cresceram 4,8%, enquanto as vendas dos EUA ao Brasil avançaram quase 12% no mesmo período.

Imagem: Valter Campanato via gazetadopovo.com.br
Possíveis exceções
Mais cedo, o empresário Howard Lutnick afirmou que alguns itens não cultivados em território norte-americano, como café, manga, abacaxi e cacau, poderiam receber tarifa zero. Há ainda expectativa de isenção para o setor aeronáutico, após pressão de companhias dos dois países e da Embraer.
Alckmin concluiu que o objetivo do governo brasileiro é “evitar a implementação” do tarifaço e buscar uma redução ampla das alíquotas.
Com informações de Gazeta do Povo