Santiago (Chile), 26 dez. 2025 – Um experimento conduzido por arqueólogos no Chile demonstrou que as emblemáticas estátuas Moai da Ilha de Páscoa foram transportadas na posição vertical, “caminhando”, e não arrastadas sobre troncos, como sustentavam teorias anteriores.
Como o teste foi realizado
Os pesquisadores construíram uma réplica de um Moai com cerca de cinco toneladas. Três cordas foram fixadas à estátua: duas laterais e uma traseira. Um grupo reduzido de pessoas alternava puxões nas cordas laterais, fazendo o monumento balançar de um lado para o outro. O próprio peso da peça, combinado ao impulso gerado, deslocava a réplica para frente. Em menos de uma hora, o objeto percorreu 100 metros.
Formato ajuda no deslocamento
O corpo levemente inclinado para a frente e a base arredondada, características presentes nos Moais originais, revelaram-se decisivas. Segundo o estudo, o desenho foi pensado para facilitar o transporte em pé, aproveitando o centro de gravidade e a distribuição de massa para gerar movimento com gasto mínimo de energia.
Confirmação de relatos Rapa Nui
A experiência também dá respaldo científico às tradições orais do povo Rapa Nui, que sempre afirmaram que as estátuas “caminharam” das pedreiras até as plataformas cerimoniais (ahu). O método exclui a necessidade de grandes quantidades de madeira, questionando a teoria de que o desmatamento local teria sido causado pelo transporte dos Moais.
Impacto histórico
Ao evidenciar o domínio de princípios físicos pelos antigos habitantes, o estudo reforça a ideia de uma sociedade tecnicamente avançada e cooperativa, capaz de erguer e deslocar monumentos gigantescos sem recorrer à força bruta ou à devastação ambiental.
Com informações de Gazeta do Povo