O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta sexta-feira (26), a prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. A decisão foi tomada depois que o ex-dirigente foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, no Paraguai, portando passaporte falso.
Silvinei havia sido condenado a 24 anos e seis meses de reclusão na ação penal nº 2.693 (núcleo 2), sob acusação de ordenar operações no Nordeste para dificultar o voto no então candidato Lula (PT) durante o segundo turno das eleições de 2022. Mesmo exercendo o cargo de secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação em São José (SC), ele pediu exoneração logo após a nova prisão.
Investigação e descumprimento da tornozeleira
Conforme o despacho de Moraes, às 3h de quinta-feira (25) o sinal de GPS da tornozeleira eletrônica de Silvinei deixou de ser transmitido. Por volta das 13h, a bateria do equipamento estava esgotada. Agentes da Polícia Federal foram à residência do ex-diretor, em São José, mas não o encontraram.
As buscas localizaram um veículo alugado por Silvinei, rastreado por câmeras de monitoramento até a quarta-feira (24). Segundo o relatório, às 19h22 daquele dia ele foi visto carregando o automóvel com seu animal de estimação, ração e diversos tapetes higiênicos para cães, indício de preparo para fuga.
Captura e retorno ao Brasil
No Paraguai, Silvinei foi abordado pelas autoridades locais e preso por uso de documento falso. O governo paraguaio deve realizar expulsão sumária e entregar o ex-dirigente à PF em Brasília.
Na decisão que converte as medidas cautelares em prisão preventiva, Moraes destacou que já havia advertido sobre a possibilidade de detenção caso houvesse qualquer violação na utilização da tornozeleira eletrônica.
A defesa de Silvinei Vasques foi procurada, mas ainda não se manifestou.
Com informações de Gazeta do Povo