O Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejusc) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) agendou para a próxima segunda-feira, 29 de dezembro, uma nova tentativa de acordo entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e os sindicatos que representam os empregados. Caso não haja consenso, a disputa será julgada pela Seção de Dissídios Coletivos (SDC) já na terça-feira, 30.
A paralisação foi aprovada em 16 de dezembro e atinge sete estados. As entidades sindicais reivindicam a manutenção do adicional de férias de 70%, pagamento de 200% pelo trabalho em fins de semana e um vale-refeição ou alimentação de R$ 2,5 mil dividido em duas parcelas, apelidado de “vale-peru”.
No dia 18, a ministra Kátia Magalhães Arruda determinou que os sindicatos mantenham 80% do efetivo em cada unidade e não obstruam a movimentação de pessoas e mercadorias. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 100 mil por sindicato.
A greve ocorre enquanto os Correios enfrentam dificuldades financeiras. A estatal obteve autorização para contrair empréstimo de até R$ 12 bilhões a juros de até 120% do CDI. O plano de reestruturação também prevê um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir até 15 mil postos de trabalho até 2027, iniciativa que busca conter o déficit estimado em R$ 10 bilhões ao fim deste ano.
Em Minas Gerais, a representação sindical acusa a empresa de não apresentar proposta econômica, ameaçar direitos históricos, modificar o plano de saúde, extinguir a entrega matutina e ignorar a contratação de aprovados em concurso, entre outras queixas.
Com informações de Gazeta do Povo
