A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-chefe do Executivo seja internado no hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira, 24 de dezembro, véspera de Natal. O objetivo é realizar exames preparatórios e, no dia seguinte, 25 de dezembro, submeter Bolsonaro a uma cirurgia.
O requerimento prevê que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Carlos e Flávio Bolsonaro possam acompanhá-lo durante todo o período no hospital.
Autorização do STF e cancelamento de entrevista
Na última sexta-feira, 19 de dezembro, Moraes já havia autorizado o procedimento cirúrgico após laudo da Polícia Federal (PF), mas manteve Bolsonaro em regime fechado na Superintendência da PF no Distrito Federal. Segundo o ministro, o local oferece condições equivalentes às que ele possuía na prisão domiciliar.
No mesmo dia em que a defesa protocolou o pedido de internação, Bolsonaro cancelou uma entrevista que concederia ao portal Metrópoles, alegando “motivos de saúde” em bilhete escrito à mão.
Quadro clínico
O laudo da PF indica que o ex-presidente apresenta hérnia inguinal e crises de soluço, além de problemas cardiovasculares que exigem acompanhamento com cardiologista e sessões semanais de fisioterapia.
Situação penal
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, podendo passar ao regime semiaberto após seis anos. Desde agosto de 2025 ele estava em prisão domiciliar, mas há um ano foi transferido para a unidade da PF em Brasília. Um projeto de lei sobre dosimetria pode reduzir a pena para dois anos e quatro meses; o presidente Lula (PT) já anunciou que vetará a proposta, cabendo ao Congresso manter ou derrubar o veto.
Com informações de Gazeta do Povo