Home / Internacional / Multa do bloco a rede de Elon Musk reacende campanha da direita dos EUA pelo fim da União Europeia

Multa do bloco a rede de Elon Musk reacende campanha da direita dos EUA pelo fim da União Europeia

ocrente 1766366363
Spread the love

A decisão da União Europeia (UE) de aplicar uma multa de aproximadamente US$ 140 milhões (cerca de 120 milhões de euros) à rede social X, de Elon Musk, no início de dezembro, intensificou a mobilização de grupos conservadores dos Estados Unidos contra o bloco europeu. Parlamentares republicanos, autoridades do governo Donald Trump e organizações civis passaram a defender abertamente, nas redes sociais, o desmantelamento da UE, alegando violações à liberdade de expressão e prejuízos econômicos aos norte-americanos.

Reações em Washington

Assim que a sanção foi anunciada, o vice-presidente JD Vance acusou Bruxelas de “pressionar plataformas a adotar censura política”. O secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que a punição representa “um ataque a todas as plataformas americanas de tecnologia e ao povo americano”, afirmando que “os dias de censura de americanos por governos estrangeiros acabaram”.

Base da multa

A Comissão Europeia concluiu que o X violou a Lei de Serviços Digitais ao associar o selo azul a credibilidade sem comprovação, não detalhar anúncios pagos e descumprir exigências de compartilhamento de dados com pesquisadores. As acusações foram formalizadas em julho de 2024 e resultaram na penalidade anunciada este mês.

Críticas à estrutura da UE

Para o movimento Make America Great Again (MAGA) e aliados conservadores europeus, a Comissão Europeia concentra poder sem mandato democrático direto, reduzindo a soberania dos Estados-membros. O deputado holandês Geert Wilders, líder da direita nacionalista no Parlamento de Haia, reagiu à multa afirmando que “ninguém elegeu a Comissão Europeia” e chamando o órgão de “instituição totalitária”.

Estratégia de Segurança Nacional dos EUA

A nova Estratégia de Segurança Nacional, divulgada no início de dezembro, descreve a Europa como um continente em “processo prolongado de enfraquecimento econômico e institucional”. O documento aponta que a fatia europeia do Produto Interno Bruto global caiu de cerca de 25% em 1990 para 14% em 2025, atribuindo a queda a regulações “restritivas à inovação e à competitividade”. O texto também cita políticas migratórias expansivas, queda de natalidade e “erosão das identidades nacionais” como fatores que, segundo Washington, podem comprometer a UE como aliada confiável.

Advertência de entidades civis

Em outubro, a organização Alliance Defending Freedom International (ADF International) enviou carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinada por 113 especialistas de vários países. O documento alega que a Lei de Serviços Digitais “ameaça princípios democráticos básicos” e contribui para o “encolhimento do espaço cívico” na Europa.

Impacto econômico nos EUA

Pesquisa do EU-US Forum, divulgada pelo portal Daily Wire, mostra que 57% dos norte-americanos acreditam que normas ambientais, sociais e de governança aprovadas em Bruxelas prejudicam empresas dos EUA. O levantamento aponta ainda que 71% veem aumento de custos para famílias americanas e 72% consideram os efeitos particularmente negativos para pequenos fornecedores.

Combinadas, as críticas regulatórias, econômicas e políticas reforçam a campanha de setores conservadores dos Estados Unidos que, após a multa ao X, passaram a defender abertamente a dissolução da União Europeia.

Com informações de Gazeta do Povo