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PP obtém vitória expressiva e enfraquece socialistas em Estremadura

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O Partido Popular (PP) garantiu neste domingo (21) a permanência no governo da comunidade autônoma da Estremadura, ao vencer as primeiras eleições regionais antecipadas da história local e impor o pior resultado já registrado pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) no território.

Com 100% das urnas apuradas, o PP, legenda de centro-direita, assegurou 29 dos 65 assentos do parlamento regional e reelegeu a presidente interina María Guardiola. O Vox, sigla de direita nacionalista, ampliou sua representação para 11 cadeiras — quase o dobro do pleito anterior. Já o PSOE despencou de 28 para 18 deputados, encerrando uma hegemonia que lhe garantiu o comando da região em nove das onze legislaturas democráticas.

Crise política abriu caminho para o novo pleito

O governo de direita já administrava a Estremadura desde 2023, quando PP e Vox formaram coalizão após empate técnico com os socialistas. O acordo, contudo, foi desfeito no ano passado por divergências no plano nacional, deixando o Executivo sem maioria para aprovar o orçamento de 2026. Diante do impasse, María Guardiola dissolveu o parlamento em outubro e convocou as eleições antecipadas realizadas em 21 de dezembro.

Maioria dependerá de novo entendimento com o Vox

Embora tenha ampliado sua bancada, o PP ainda precisa de 33 cadeiras para governar sozinho. Dessa forma, a consolidação do próximo Executivo volta a depender de negociações com o Vox, que se tornou peça-chave para garantir maioria absoluta.

Derrota histórica dos socialistas

A queda brusca do PSOE ocorre em meio a desgaste nacional do governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez, marcado por denúncias de corrupção e disputas internas. O cabeça de chapa socialista em Estremadura, Miguel Ángel Gallardo, enfrenta processo judicial por suposta fraude na contratação do irmão de Sánchez para um cargo público.

O recuo de dez assentos no parlamento regional representa o desempenho mais fraco do PSOE na Estremadura desde a redemocratização espanhola, tornando a perda simbólica para um partido que tradicionalmente dominava o eleitorado local.

Com informações de Gazeta do Povo