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Eduardo Bolsonaro acusa governo de trocar riquezas nacionais por fim de sanções a Moraes nos EUA

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O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que o governo brasileiro estaria negociando recursos estratégicos com os Estados Unidos para retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a esposa dele, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A declaração foi feita em entrevista ao canal SBT News neste sábado, 20 de dezembro de 2025.

Segundo Eduardo, a contrapartida oferecida a Washington incluiria a concessão de áreas com terras raras para exploração por empresas norte-americanas, o fim de restrições em plataformas digitais, a intensificação da cooperação no combate ao crime organizado e o encerramento de parcerias com a China no setor de satélites — medida que, na visão dele, beneficiaria o empresário Elon Musk.

“Se vocês fossem presidentes, entregariam aquilo que temos de mais precioso em termos de recursos naturais em troca de uma sanção individual contra uma pessoa?”, questionou o ex-parlamentar. “Não me surpreenderia, mas ficaria enojado se isso tivesse sido feito.”

Pressão de políticos e empresários brasileiros

Eduardo Bolsonaro disse ainda que a decisão do governo norte-americano não ocorreu de forma isolada. De acordo com ele, senadores e representantes de entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) atuaram junto ao Departamento de Estado dos EUA para derrubar as sanções impostas a Moraes.

Ao comentar a própria atuação em Washington, o ex-deputado negou ter feito lobby por tarifas contra o Brasil. “Lobby exige credenciamento formal. O que houve foram reuniões parlamentares e contatos com autoridades”, afirmou.

Relação com Donald Trump e temor de prisão

Questionado sobre um suposto afastamento entre a direita brasileira, a família Bolsonaro e o ex-presidente Donald Trump, Eduardo rejeitou a hipótese. Ele citou uma carta do governo norte-americano que, segundo ele, mencionava perseguição contra Jair Bolsonaro e aliados ao justificar tarifas aplicadas ao país.

No plano interno, o ex-deputado atribuiu a perda de seu mandato a pressões do STF e disse temer ser preso caso volte ao Brasil. Ele mencionou o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, alegando que Motta teria mudado de posição após operação da Polícia Federal que atingiu a Prefeitura de Patos, administrada por Nabor Wanderley Filho, pai do parlamentar.

“Alguém duvida de que, se eu retornar ao Brasil, serei preso por qualquer acusação que eles inventem?”, indagou.

Com informações de Gazeta do Povo