O advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho contestou as críticas relacionadas à viagem que fez no mesmo jatinho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli para assistir à final da Copa Libertadores, em Lima, no Peru. Em publicação nas redes sociais, o defensor afirmou que todos os passageiros eram “apenas torcedores” do Palmeiras e que não houve qualquer tratativa profissional ou institucional durante o trajeto.
A ida à capital peruana ocorreu entre 28 e 30 de novembro, quando Palmeiras e Flamengo disputaram o título, conquistado pelo clube carioca. Além de Botelho e Toffoli, também estava a bordo Luiz Antonio Bull, diretor de compliance do Banco Master e investigado pela Polícia Federal.
Propriedade da aeronave
O avião pertence a Luiz Osvaldo Pastore, empresário, ex-senador e diretor do Banco Master. Botelho representa Pastore em processos judiciais e reafirmou que seu vínculo com o cliente não interferiu na viagem. “O voo foi feito por torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras”, escreveu o advogado.
Defesa de independência profissional
Na mesma postagem, Botelho declarou atuar como profissional liberal, sem ocupar cargos públicos, sem vínculo com governos ou estatais e fora de conselhos de instituições financeiras. O criminalista também divulgou uma foto de confraternização com colegas — entre eles Celso Vilardi, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro — para reforçar, segundo disse, que a atuação de defensores não deve ser confundida com os atos atribuídos a seus clientes.
Movimentações no STF
O ministro Dias Toffoli não se manifestou publicamente sobre o episódio. A interlocutores, afirmou manter amizade antiga com Pastore e disse não ter proximidade com Botelho. Dois dias após retornar do Peru, o magistrado colocou sob sigilo o processo que envolve o Banco Master no Supremo. Mais recentemente, determinou que os investigados no caso de supostas fraudes financeiras sejam ouvidos em até 30 dias.
Com informações de Gazeta do Povo