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Tesouro dá aval para Correios contratarem empréstimo de R$ 12 bilhões

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Brasília — O Tesouro Nacional autorizou, na quinta-feira (18), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a contratar um empréstimo de até R$ 12 bilhões como parte do plano de reestruturação da estatal.

O financiamento será oferecido por um consórcio formado por Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e Itaú. Segundo o Tesouro, a operação terá custo total próximo de R$ 14 bilhões em juros, mas ainda assim representa redução estimada em quase R$ 5 bilhões em relação à proposta originalmente apresentada pelos bancos.

Condições renegociadas

A primeira oferta, de R$ 20 bilhões, previa remuneração equivalente a 136% do CDI. Após negociações conduzidas pela equipe econômica, o valor foi revisto para R$ 12 bilhões, com taxa a 120% do CDI.

Mesmo com a autorização, os Correios só poderão utilizar R$ 5,8 bilhões ainda em 2025, nos últimos dias do ano, para equilibrar o caixa na virada para 2026. O restante dos recursos ficará condicionado a novas liberações.

Rombo bilionário e greve

A estatal calcula déficit superior a R$ 6 bilhões, podendo alcançar R$ 10 bilhões até o encerramento de 2025. Para enfrentar o desequilíbrio, o plano de reestruturação inclui um programa de demissão voluntária voltado a até 15 mil empregados.

Em meio às medidas, sindicatos deflagraram greve e exigem adicional de férias de 70%, pagamento em dobro pelos fins de semana trabalhados e um vale-alimentação ou refeição de R$ 2,5 mil, pago em duas parcelas, apelidado de “vale-peru”.

Garantia da União

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional participará da elaboração dos contratos de empréstimo. O Tesouro atuará como fiador: caso a estatal não honre os pagamentos, a União assumirá a dívida.

Com informações de Gazeta do Povo