Home / Política / Guimarães atribui desencontro entre Gleisi e Jaques Wagner sobre PL da dosimetria à falta de diálogo

Guimarães atribui desencontro entre Gleisi e Jaques Wagner sobre PL da dosimetria à falta de diálogo

ocrente 1766085580
Spread the love

Brasília — O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quinta-feira (18) que a troca de declarações divergentes entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), teve origem em “falha de comunicação” sobre o Projeto de Lei da dosimetria.

Segundo Guimarães, havia entendimento apenas sobre o procedimento de votação, não sobre o conteúdo do texto que altera os critérios de fixação de penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. “A votação teve um acordo de procedimento, não de conteúdo. Faltou sintonia. Os dois lados precisam conversar”, declarou o deputado durante café da manhã com jornalistas na capital federal.

Divergência exposta após votação no Senado

O PL foi aprovado no Senado na quarta-feira (17) por 48 votos a 25, com uma abstenção, e seguiu para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já anunciou a intenção de vetá-lo. Caso o veto se concretize, caberá ao Congresso decidir se o mantém ou o derruba.

Logo após a votação, Gleisi Hoffmann classificou como “erro lamentável” a condução do tema pela liderança do governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Jaques Wagner, por sua vez, confirmou ter costurado um acordo para viabilizar a votação, embora admita que isso ocorreu “sem consultas” internas: “Quem está na política tem que se arriscar; fiz o acordo e não me arrependo”, disse.

Nesta quinta-feira, Lula afirmou que desconhecia qualquer acerto e reiterou que vetará a proposta assim que ela chegar ao Palácio do Planalto.

Oposição vê avanço

Parlamentares da oposição comemoraram o resultado como vitória política e primeiro passo de uma estratégia que inclui a defesa de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Apesar disso, reconheceram que a medida não encerra o debate sobre as condenações.

Com informações de Gazeta do Povo