O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta quarta-feira (17) que o aumento da pressão internacional contra a Venezuela pode acarretar “consequências imprevisíveis para todo o Ocidente”. A declaração foi dada à agência estatal Tass, uma semana depois de o presidente Vladimir Putin ter conversado por telefone com Nicolás Maduro.
No contato telefônico, divulgado em 11 de dezembro, Putin manifestou “solidariedade ao povo venezuelano” e reiterou apoio à política de Maduro de “proteger os interesses e a soberania nacionais diante da crescente pressão externa”.
No mesmo dia, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não estava preocupado com a aproximação entre Moscou e Caracas.
A tensão aumentou novamente na terça-feira (16), quando Trump escreveu em sua conta na Truth Social que a Venezuela “está cercada” pela “maior armada jamais reunida na história da América do Sul”. Segundo ele, a manobra continuará até que o governo de Maduro “devolva todo o petróleo, as terras e outros ativos que roubaram previamente” dos EUA.
O líder norte-americano também determinou o “bloqueio total” de todos os petroleiros sob sanção que entrem ou saiam de portos venezuelanos, ampliando a ofensiva para tentar remover Maduro do poder.
Com a troca de declarações, Moscou reforça o respaldo ao governo de Caracas, enquanto Washington endurece as medidas econômicas e militares na região.
Com informações de Gazeta do Povo
