O pastor Silas Malafaia, um dos principais interlocutores do campo conservador, manifestou forte oposição à ideia de o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disputar a Presidência da República. Em entrevista concedida ao portal Metrópoles, o líder religioso afirmou que a articulação foi feita sem diálogo prévio e em momento emocionalmente delicado para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Falta de consulta a aliados
Segundo Malafaia, o anúncio de Flávio ocorreu de maneira precipitada, sem consulta a lideranças políticas ou mesmo à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pastor relatou ter conversado com Michelle após a notícia vir a público e disse que ela também foi surpreendida.
“Sou aliado, mas não alienado”, enfatizou o pastor, ao defender que decisões dessa magnitude precisam ser amplamente discutidas antes de qualquer divulgação oficial.
Estado emocional de Jair Bolsonaro
Malafaia, que é formado em Psicologia, disse acreditar que Jair Bolsonaro se encontra abalado pelas recentes condenações na Justiça Eleitoral. Para ele, essa condição pode ter influenciado a conversa privada em que o ex-presidente teria apontado o filho como sucessor natural.
Ausência de entusiasmo
O pastor declarou não ver mobilização entre conservadores em torno do nome de Flávio. “Qual foi a empolgação? Nenhuma”, resumiu, ao avaliar as reações de apoiadores nas redes sociais.
Chapa sugerida: Tarcísio na cabeça e Michelle vice
Como alternativa, Malafaia defendeu a formação de uma chapa comandada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tendo Michelle Bolsonaro como candidata a vice-presidente. Ele argumenta que o governador possui bom desempenho administrativo e que a ex-primeira-dama agrega apoio entre evangélicos, mulheres conservadoras e eleitores do Nordeste.
“Para ganhar uma eleição, a chapa mais forte seria Tarcísio e Michelle”, concluiu o pastor.
Com informações de Direita Online