Santiago – O presidente eleito do Chile, José Antonio Kast, declarou nesta terça-feira (16) que seu futuro governo dará respaldo a uma eventual ofensiva dos Estados Unidos destinada a retirar Nicolás Maduro do poder na Venezuela.
Em visita oficial a Buenos Aires, onde se reuniu com o presidente argentino Javier Milei, Kast reconheceu que o Chile não dispõe de condições para liderar uma operação desse porte, mas assegurou que qualquer país que se mobilize para derrubar o governo venezuelano contará com apoio chileno. “Não nos cabe resolver isso, mas quem o fizer terá o nosso respaldo”, afirmou.
O presidente eleito classificou o regime de Maduro como uma “narco-ditadura” e disse que a permanência do líder venezuelano representa ameaça à região. Segundo ele, uma ação norte-americana teria repercussões não apenas na América do Sul, mas em toda a América Latina e também na Europa, por se tratar de “um problema de alcance internacional”.
Kast ainda acusou Caracas de dificultar o retorno de migrantes venezuelanos, alegando que o governo prefere mantê-los no exterior para garantir o envio de remessas financeiras que, segundo ele, sustentam a administração de Maduro. O político chileno afirmou que esse fluxo de dinheiro tende a ser interrompido.
A declaração foi feita após o encontro com Milei, no qual ambos discutiram a possibilidade de ampliar a cooperação entre Chile e Argentina a partir de 2026, quando Kast tomará posse.
Com informações de Gazeta do Povo
