Pelo menos quatro superpetroleiros deixaram de atracar e carregar petróleo em portos venezuelanos após nova ofensiva do governo dos Estados Unidos contra o regime de Nicolás Maduro.
A decisão das empresas proprietárias das embarcações foi tomada na segunda-feira (15), um dia depois de Washington confiscar um navio que transportava quase 2 milhões de barris de petróleo bruto com destino à estatal PDVSA.
“Efeito dominó” após apreensão
O confisco, ordenado pela administração do presidente Donald Trump, provocou um “efeito dominó” que agravou a crise no setor energético venezuelano. Apenas os navios contratados pela Chevron continuam navegando, amparados por licença especial concedida pelas autoridades norte-americanas.
A ofensiva começou na semana passada, quando um Very Large Crude Carrier (VLCC) foi detido por transportar petróleo venezuelano de forma clandestina, violando sanções internacionais. Investigações apontaram que o navio navegava com bandeira falsa e já havia atuado no comércio ilícito de petróleo iraniano.
Com as ações recentes, estimativas indicam que mais de 11 milhões de barris de petróleo venezuelano permanecem retidos em diversos navios na região, aguardando orientação ou o cancelamento de contratos de carregamento.
Ataque a embarcações de narcotráfico
Na mesma segunda-feira, as Forças Armadas dos EUA atacaram três embarcações supostamente usadas por narcotraficantes no Pacífico Oriental, próximo à Colômbia, durante a Operação Lança do Sul. O Comando Sul informou na rede social X que oito tripulantes morreram na ação, executada por determinação do secretário de Guerra americano, Pete Hegseth.
Segundo a inteligência militar norte-americana, os barcos seguiam rotas conhecidas pelo transporte de drogas e armamentos.
Com informações de Gazeta do Povo