A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou novamente, nesta segunda-feira (15), autorização “com a máxima urgência” ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o político seja submetido a uma herniorrafia inguinal bilateral e a procedimentos complementares.
No pedido, os advogados requerem a transferência de Bolsonaro da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro, para o Hospital DF Star, na capital federal. O tempo estimado de internação é de cinco a sete dias, período que incluiria pré-operatório, cirurgia, controle de dor e fisioterapia motora.
A defesa informa que um novo exame de ultrassom, realizado por médicos da Polícia Federal após autorização de Moraes, confirmou a existência de hérnias inguinais bilaterais. Relatório do médico Claudio Birolini destaca que as crises frequentes de soluço elevam a pressão abdominal e agravam dores e desconforto na região, elevando o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal, situações que exigiriam intervenção emergencial.
“O quadro clínico não apenas recomenda, mas exige intervenção cirúrgica programada, sob condições controladas, a fim de evitar desfechos emergenciais potencialmente graves”, argumenta a petição encaminhada ao STF.
Além da correção das hérnias, está previsto o bloqueio anestésico do nervo frênico para reduzir as crises de soluço. A defesa também reforça que a indicação de cirurgia imediata sustenta o pedido já pendente de prisão domiciliar humanitária, por entender que o regime fechado coloca em risco a integridade física do ex-presidente.
A primeira solicitação de cirurgia foi apresentada em 9 de dezembro, mas Moraes determinou uma perícia prévia realizada por profissionais da Polícia Federal antes de deliberar sobre o tema.
Com informações de Gazeta do Povo