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Carla Zambelli entrega mandato na Câmara; suplente Adilson Barroso é convocado

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A Câmara dos Deputados confirmou nesta segunda-feira (data não informada) a renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao mandato.

Com a formalização do pedido, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou imediatamente a convocação do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para ocupar a vaga.

Perda de mandato após decisão do STF

A saída de Zambelli ocorre poucos dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter anulado a votação da Câmara que havia rejeitado a cassação da parlamentar. Na quinta-feira passada, Moraes determinou a perda imediata do mandato.

Inelegibilidade permanece

A renúncia não restaura os direitos políticos da ex-deputada. De acordo com a Constituição Federal, parlamentares condenados criminalmente em sentença transitada em julgado perdem o cargo, e a Lei Complementar 64/1990 estabelece inelegibilidade automática nesses casos.

Perfil do suplente

Adilson Barroso, que assume a cadeira, declara-se nas redes sociais como “ambientalista de direita, conservador e patriota”. Ele se apresenta como amigo de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Nikolas Ferreira, e exibe foto ao lado do ex-presidente com as bandeiras do Brasil e de Israel ao fundo.

Situação de Zambelli na Itália

Carla Zambelli está detida em Roma desde julho. O governo brasileiro solicitou sua extradição, atualmente analisada pelas autoridades italianas. A defesa pediu liberdade provisória, mas o pedido foi negado.

Restrição de benefícios parlamentares

Desde a primeira condenação, em junho, Zambelli deixou de receber salário, ficou impedida de apresentar ou apoiar projetos de lei e não pode utilizar a cota parlamentar nem solicitar reembolso por despesas médicas. O gabinete permanece ativo, com 12 assessores.

Votação expressiva em 2022

Na eleição de 2022, Zambelli somou 946.244 votos e foi a segunda deputada federal mais votada em São Paulo, atrás de Guilherme Boulos (PSOL), com 1.001.472 votos, e à frente de Eduardo Bolsonaro (PL), que obteve 741.701 votos.

Com informações de Direita Online