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Haddad condena politização na escolha de Jorge Messias para o STF

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Brasília — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a indicação de nomes para cortes superiores não deveria ser alvo de “politização”, ao comentar a escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada em entrevista publicada nesta sexta-feira (12) pelo jornal O Globo.

“O chefe do Executivo faz a indicação, o Senado sabatina, aprova ou não. Não vejo como um bom caminho politizar a indicação para as cortes superiores”, disse Haddad.

Tensão entre Planalto e Senado

A nomeação de Messias, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), elevou a tensão entre o Palácio do Planalto e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Alcolumbre defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e reagiu após uma nota divulgada por Messias antes de um encontro presencial entre ambos.

Em resposta, o senador declarou que havia tomado ciência da manifestação “do indicado” e que marcaria a sabatina “em momento oportuno”. A audiência foi agendada para 10 de dezembro, data considerada pelo governo uma retaliação por deixar pouco tempo para Messias buscar apoio junto aos parlamentares. Diante do impasse, Lula não enviou a mensagem oficial de indicação, o que ampliou o desgaste e levou ao adiamento do processo para 2026.

Planos políticos de Haddad

Na mesma entrevista, Haddad comentou a falta de novas lideranças nacionais no PT além de Lula, classificando a situação como “excepcional”. O ministro atribuiu a “ação da oposição” a uma “produtividade menor” do Executivo e citou determinações do ministro do STF Flávio Dino sobre critérios de transparência na destinação de emendas parlamentares.

Haddad também falou sobre a possibilidade de deixar o Ministério da Fazenda para contribuir na campanha de reeleição de Lula em 2026. Segundo ele, o próprio presidente afirmou que o ministro poderá colaborar da forma que preferir. “Eu não pretendo ser candidato em 2026, mas quero ajudar a pensar o programa de governo e a estruturar a campanha”, afirmou.

O PT mantém o nome de Haddad no radar para disputar o governo de São Paulo ou uma vaga ao Senado, alternativa que o ex-prefeito trata como “natural”. Ele revelou já ter discutido o assunto duas vezes com o presidente da sigla, Edinho Silva, reiterando que seu objetivo é contribuir na campanha sem concorrer a cargo eletivo.

Com informações de Gazeta do Povo