O estado alemão de Baden-Württemberg registrou 849 ocorrências de vandalismo e roubo contra igrejas e capelas ao longo do ano passado, segundo dados do Ministério do Interior estadual.
Os números, levantados a pedido do Partido Democrático Liberal (FDP), indicam crescimento de 26% nos ataques a capelas em comparação com 2022. Os prejuízos chegam a centenas de milhares de euros, de acordo com as informações divulgadas.
Maioria dos casos segue sem solução
O relatório aponta que apenas um em cada seis casos envolvendo capelas foi solucionado. Nas ocorrências em igrejas, a identificação de suspeitos ocorreu em cerca de um em cada quatro registros.
Visões divergentes sobre o cenário
Embora o Ministério do Interior avalie a situação como “estável” e sem sinais de perda generalizada de respeito por símbolos religiosos, o FDP discorda. O porta-voz da legenda para assuntos religiosos, Tim Kern, classificou os atos de vandalismo como “dupla profanação”, lembrando que templos também são espaços de proteção e comunidade.
A interpretação oficial também foi contestada por representantes católicos. Um porta-voz da Conferência Episcopal Alemã afirmou haver escalada na hostilidade contra símbolos cristãos em todo o país. Para Michael Hertl, da Arquidiocese de Freiburg, fechar igrejas durante o dia para evitar crimes cria barreiras nocivas aos fiéis.
Contexto britânico
O fenômeno não se limita à Alemanha. No Reino Unido, roubos a igrejas cresceram de forma acentuada após o fim dos confinamentos da Covid-19, impulsionados tanto pelo término das restrições quanto pela alta no preço dos metais. Telhados de chumbo seguem sendo alvo frequente, e a substituição pode custar dezenas de milhares de libras.
As estatísticas reforçam a preocupação de líderes religiosos sobre a segurança de patrimônios considerados sagrados e culturalmente relevantes.
Com informações de Folha Gospel