Governos de Alemanha, Itália, Polônia e Hungria, entre outros, solicitaram esta semana que a Comissão Europeia reveja o plano de proibir a venda de veículos novos movidos exclusivamente a gasolina ou diesel a partir de 2035.
As demandas constam de cartas encaminhadas ao Executivo do bloco e reveladas pela emissora Euronews. Ao todo, sete países — Bulgária, República Tcheca, Alemanha, Hungria, Itália, Polônia e Eslováquia — defendem que a futura legislação permita a comercialização de modelos híbridos após o prazo estabelecido.
Nos documentos, os governos afirmam reconhecer a necessidade de cortar emissões de carbono, mas insistem que a política climática da União Europeia deve respeitar o princípio da neutralidade tecnológica. Isso, segundo eles, daria liberdade para cada Estado-membro definir o caminho mais adequado rumo às metas ambientais sem comprometer sua competitividade industrial.
Entre as alternativas apontadas estão veículos híbridos, automóveis movidos a hidrogênio e modelos abastecidos por biocombustíveis. As autoridades lembram ainda que o continente carece de infraestrutura suficiente para recarga de carros elétricos e para abastecimento de hidrogênio, e pedem que Bruxelas acelere a expansão desses serviços.
Os países contrários ao banimento de motores a combustão somam cerca de metade da população da União Europeia. Eles argumentam que suas montadoras enfrentam custos elevados de energia, escassez de componentes — especialmente baterias — e procura reduzida por veículos 100% elétricos.
O pedido ocorre no contexto da revisão legislativa anunciada pela Comissão Europeia, que poderá redefinir os rumos da descarbonização no setor automotivo do bloco.
Com informações de Gazeta do Povo
