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Maioria dos cristãos nos EUA aposta em boas ações como passaporte para o Céu, revela levantamento

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Uma sondagem do Centro de Pesquisa Cultural da Arizona Christian University aponta que grande parte dos que se declaram cristãos nos Estados Unidos confia nas próprias obras — isoladamente ou somadas à graça divina — para obter a vida eterna.

O estudo, inserido no American Worldview Inventory 2025, ouviu 2.000 adultos norte-americanos em março. Segundo os resultados, 53% dos entrevistados que se identificam como cristãos acreditam que ser “uma pessoa geralmente boa” ou realizar “boas ações suficientes” garante um lugar no Céu.

A convicção é ainda mais forte entre católicos: 73% concordam com a afirmação. Entre evangélicos, pentecostais, protestantes históricos e cristãos não denominacionais, o percentual fica abaixo da metade, mas segue apontado pelos pesquisadores como sinal de confusão sobre o núcleo da mensagem cristã.

Visão pluralista da salvação

A pesquisa mostra que o pluralismo teológico também ganha espaço. 54% dos católicos e 41% dos cristãos no geral sustentam que há vários caminhos para a salvação eterna. Mesmo em círculos evangélicos e pentecostais, mais de um terço compartilha essa percepção.

Arrependimento sob outra ótica

Quando o assunto é arrependimento, quase metade dos evangélicos e pentecostais — além de 40% do total de cristãos consultados — considera que apenas reconhecer o pecado é suficiente. Para o pesquisador George Barna, diretor do Centro de Pesquisa Cultural, arrependimento bíblico envolve “mudança de mente e de comportamento” e não apenas confissão verbal.

Alerta sobre “mistura de caminhos”

Barna avalia que milhões de frequentadores de igrejas passam a combinar elementos de diferentes crenças em um “plano pessoal de segurança espiritual”. Ele afirma que a comodidade, e não a convicção bíblica, tem orientado essas escolhas.

Tendência persistente

O novo levantamento reforça dados do Inventário de Visão de Mundo de 2020, quando 52% dos cristãos já defendiam que “ser uma boa pessoa” bastava para ser aceito por Deus. Cinco anos depois, a proporção pouco se alterou, indicando, segundo os pesquisadores, um desafio contínuo para líderes que pregam a salvação exclusivamente pela fé em Cristo.

O relatório conclui que, embora a maioria dos entrevistados ainda creia em um julgamento individual diante de Deus, a fé em Jesus como único caminho para a vida eterna deixou de ser consenso na comunidade cristã norte-americana.

Com informações de Guiame