A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6.202/2025, apresentado pela deputada federal Rogéria Santos (Republicanos-PB), que obriga academias de ginástica e demais espaços de musculação a exibirem avisos de segurança sobre o uso de pesos livres, com ênfase no exercício de supino.
Pelo texto, os avisos deverão ser instalados em locais de fácil visualização e seguir normas que serão definidas pelo Poder Executivo, em conjunto com órgãos de defesa do consumidor e representantes do setor de fitness. As placas precisarão trazer orientações gerais para reduzir o risco de acidentes.
Na justificativa, Rogéria Santos argumenta que o crescimento da prática de musculação no país tem sido acompanhado pelo aumento de ocorrências envolvendo barras e halteres. Segundo a deputada, o supino é um dos movimentos mais populares e também o que concentra maior número de acidentes graves, como quedas de barra, lesões musculares agudas, esmagamentos torácicos e mortes quando realizado sem supervisão adequada.
A parlamentar cita estudos e relatos de profissionais de educação física que apontam a falta de orientações claras como um dos fatores que contribuem para tais incidentes. Ela também afirma que a exigência de placas não implica custo elevado para os estabelecimentos e reforça o direito à informação previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Embora não conste no projeto, o tema ganhou destaque após o acidente ocorrido em 1º de dezembro em uma academia de Olinda (PE). Na ocasião, Ronald José Salvador Montenegro, 55 anos, presidente do Palácio dos Bonecos Gigantes de Olinda e integrante do bloco Homem da Meia-Noite, morreu após a barra de supino escorregar de suas mãos e atingir o tórax. A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da Delegacia de Rio Doce, apura o caso como morte acidental.
O PL 6.202/2025 aguarda despacho da Mesa Diretora para definir as comissões que irão analisar o mérito da proposta.
Com informações de Direita Online