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PT avalia convocar atos em 8 de janeiro após pré-lançamento de Flávio Bolsonaro

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O Partido dos Trabalhadores (PT) prepara um manifesto que propõe mobilizações em todo o país no próximo 8 de janeiro, data que marca dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 2023.

No texto, a sigla afirma que as manifestações integram “a memória coletiva e a pedagogia democrática que o Brasil precisa para impedir que a extrema direita volte a ameaçar a nação”.

A iniciativa surge dias depois de o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ter sido apresentado como pré-candidato à Presidência da República em 2026, com aval do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar já iniciou conversas com partidos de direita; o nome do ex-ministro Paulo Guedes desponta entre internautas como possível responsável pela área econômica de um eventual governo.

Prioridades internas

No documento, o PT aponta que uma eventual reeleição de Lula em 2026 significaria que “o Brasil escolheu a democracia, a justiça social e o futuro”. O partido reconhece que a direita mantém capacidade de mobilização e menciona a existência de “um núcleo fascista” que disputa influência na política nacional.

A legenda também destaca o 7.º Congresso Nacional do PT, marcado para abril de 2026, como “o marco político-organizativo mais importante do ciclo”. Nesse encontro, serão discutidas a conjuntura, a tática eleitoral e a atualização do Estatuto e do programa partidário.

Julgamentos no Supremo

Enquanto o PT planeja os atos, o Supremo Tribunal Federal (STF) prossegue no julgamento de núcleos apontados pela Procuradoria-Geral da República em ações sobre tentativa de golpe de Estado. Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão e declarado inelegível até 2060, pelos crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Mesmo fora do país em 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente foi considerado incitador dos ataques, em voto relatado pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

A defesa de Bolsonaro recorre da decisão, enquanto o STF continua a analisar processos de demais acusados.

Com informações de Gazeta do Povo