Home / Internacional / EUA miram Caracas e ampliam cerco que ameaça sustento do regime cubano

EUA miram Caracas e ampliam cerco que ameaça sustento do regime cubano

ocrente 1765037128
Spread the love

A ofensiva militar e econômica dos Estados Unidos contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro ganhou força nos últimos meses e, segundo especialistas, tem um alvo indireto: o enfraquecimento da ditadura em Cuba. O governo norte-americano, impulsionado pela influência do senador Marco Rubio, avalia que a crise em Caracas pode desencadear um efeito dominó capaz de comprometer o principal suporte energético da ilha caribenha.

Dependência de petróleo subsidiado

Cuba conta há décadas com petróleo venezuelano vendido a preços muito abaixo do mercado. As sanções impostas por Washington e a própria deterioração econômica da Venezuela reduziram drasticamente o volume de combustível enviado a Havana, agravando a escassez de alimentos, medicamentos e energia elétrica enfrentada pela população cubana.

Troca de favores estratégicos

Em contrapartida ao petróleo barato, o governo cubano despacha médicos e, sobretudo, um contingente não revelado de militares e agentes de inteligência. Esses operativos atuam na segurança pessoal de Maduro e na contrainteligência das Forças Armadas venezuelanas, fatores considerados cruciais para a manutenção do líder chavista no poder.

Reação de Havana

O presidente Miguel Díaz-Canel denunciou a política dos EUA como uma “ameaça agressiva” e classificou a possível queda de Maduro como perigosa e irresponsável. O receio é tão grande que o ex-mandatário Raúl Castro, 94 anos, reapareceu em uma reunião do Conselho de Defesa para reafirmar sua autoridade diante do cenário de incerteza.

Cenário projetado por analistas

Especialistas consideram improvável que o colapso imediato do regime cubano aconteça caso Maduro seja deposto, mas projetam um golpe duro à estrutura de poder da ilha. Sem o fornecimento de petróleo subsidiado, Havana pode ampliar o isolamento interno ou, diante de um agravamento econômico, ser pressionada a discutir reformas políticas.

O desenvolvimento dos acontecimentos na Venezuela será, portanto, decisivo para o futuro de dois dos últimos governos autoritários da América Latina.

Com informações de Gazeta do Povo