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Regulamentação do PIX parcelado é suspensa sem prazo pelo Banco Central

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Brasília, 5 de dezembro de 2025 – O Banco Central (BC) decidiu interromper por tempo indeterminado o processo de regulamentação do PIX parcelado, modalidade que permitiria pagamentos em prestações pelo sistema instantâneo de transferências.

O cronograma interno previa a divulgação das regras em outubro e a publicação de um manual operacional detalhado ainda em dezembro. Fontes ligadas à autarquia informaram que a suspensão foi confirmada nesta semana para permitir “estudos técnicos adicionais” sobre a experiência do usuário e o impacto regulatório do produto.

Mercado já oferece versões próprias

Mesmo sem padronização oficial, bancos e fintechs comercializam o PIX parcelado com modelos próprios, sem supervisão específica do BC. A operação se assemelha ao crédito do cartão: o consumidor divide o valor e o lojista recebe à vista. As taxas cobradas variam de 1,59% a 9%, conforme o perfil do cliente.

Para o varejo, a modalidade é vista como alternativa às tarifas elevadas dos cartões. No caso do PIX à vista, que já responde por 47% das transações no comércio, a adoção foi rápida, segundo dados mais recentes.

Posicionamento de Galípolo

Em agosto, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que o PIX parcelado poderia ampliar o acesso ao crédito para cerca de 60 milhões de brasileiros sem cartão. Questionado posteriormente sobre o atraso, ele minimizou a demora, ressaltando que o serviço já está disseminado no mercado e que o debate atual envolve o grau de “atrito” desejável na experiência do cliente.

Números do PIX

Lançado em 2020, o PIX movimentou aproximadamente R$ 60 trilhões em cinco anos. O recorde anual ocorreu no ano passado, com R$ 26,4 trilhões. Na última Black Friday, o sistema registrou novo pico diário, com R$ 166,2 bilhões e 297,4 milhões de transações.

Por ora, o Banco Central não informou nova data para retomar a regulamentação.

Com informações de Gazeta do Povo