Brasília — O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% entre julho e setembro de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado evidencia a perda de fôlego da atividade econômica em meio à taxa básica de juros de 15% e ao consumo das famílias praticamente inalterado.
No período, o PIB totalizou R$ 3,2 trilhões, dos quais R$ 2,8 trilhões vieram do Valor Adicionado e R$ 449,3 bilhões de impostos líquidos de subsídios.
Desempenho dos setores
A Indústria registrou alta de 0,8% e a Agropecuária avançou 0,4% frente ao segundo trimestre. Já os Serviços, responsáveis pela maior parcela da economia, ficaram estáveis em 0,1%, refletindo a fraca atividade interna.
Consumo e investimento
O consumo das famílias subiu apenas 0,1%, sinalizando o impacto do crédito caro sobre o orçamento doméstico, mesmo com o desemprego em 5,4%. Em contrapartida, o consumo do governo aumentou 1,3%. Após recuo no trimestre anterior, a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) avançou 0,9%.
Setor externo
As exportações cresceram 3,3%, impulsionadas pela demanda global por commodities. As importações tiveram alta de 0,3%. Entre os embarques ao exterior, destacaram-se petróleo e gás, veículos, produtos agropecuários e celulose. Nas compras externas, sobressaíram-se minerais não metálicos, químicos, equipamentos de transporte e máquinas.
Comparação anual
Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB subiu 1,8%, puxado pela Agropecuária, que avançou 10,1%. A Indústria cresceu 1,7% e os Serviços, 1,3%.
Resultado acumulado de 2025
De janeiro a setembro, a economia brasileira acumula expansão de 2,4% sobre igual intervalo do ano passado. A Agropecuária lidera com 11,6%, seguida por Indústria (1,7%) e Serviços (1,8%). No ramo industrial, o Extrativismo teve alta de 7,4%, Construção 1,7% e Transformação 0,5%, enquanto Eletricidade e gás recuou 0,8%. No setor de Serviços, Informação e comunicação cresceu 6,2% e Atividades financeiras, 2,4%.
O IBGE publica novo balanço trimestral do PIB em março de 2026.
Com informações de Gazeta do Povo