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Lula descarta plano B e cogita reenviar Jorge Messias ao STF se Senado barrar indicação

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a aliados que não pretende apresentar outro nome para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) caso o Senado rejeite a indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União. A orientação no Palácio do Planalto é manter o mesmo indicado, mesmo diante da possibilidade de derrota na votação.

Segundo interlocutores, Lula considera que a escolha de um substituto não cabe ao Executivo e voltou a garantir que Messias será seu único candidato ao posto deixado pelo ministro Luís Roberto Barroso, aposentado recentemente.

Articulação direta com senadores

Após o anúncio da indicação em 20 de novembro, o diálogo entre o governo e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), praticamente estagnou. Diante do impasse, Lula decidiu conduzir pessoalmente as negociações, conversando com senadores individualmente para tentar ampliar o apoio a Messias.

Em almoço reservado com o relator da indicação na CCJ, Weverton Rocha (PDT-MA), o presidente destacou estar “muito satisfeito” com o escolhido. Rocha sinalizou que apresentará parecer favorável, mas reconheceu que o cenário é adverso.

Possível adiamento da sabatina

Como a mensagem formal com o nome de Messias ainda não foi enviada ao Congresso, o Planalto avalia adiar a sabatina prevista para 10 de dezembro. Integrantes da Casa Civil admitem a hipótese de postergar a análise na CCJ até 2026, caso o ambiente político continue desfavorável.

Obstáculos no Senado

Messias intensificou agendas com diferentes bancadas, mas enfrenta resistência. Um almoço marcado para esta terça-feira com senadores do bloco Vanguarda — formado por parlamentares do PL e do Novo — foi cancelado. O advogado-geral também solicitou encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apontado como favorito interno à vaga, porém preterido por Lula. A reunião deve ocorrer somente quando a tensão entre Planalto e cúpula do Senado arrefecer.

Enquanto isso, o governo mantém a estratégia de não recuar: se a indicação for rejeitada, o mesmo nome voltará para apreciação.

Com informações de Direita Online