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Ex-ministros de Petro são acusados de desviar 612 bilhões de pesos para garantir apoio no Congresso

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Bogotá, 1º de dezembro de 2025 – O Ministério Público da Colômbia denunciou nesta segunda-feira (1º) os ex-ministros Ricardo Bonilla (Fazenda) e Luis Fernando Velasco (Interior) por supostamente liderarem um esquema que desviou mais de 612 bilhões de pesos colombianos – cerca de US$ 163 milhões – para comprar votos no Congresso em favor do governo do presidente Gustavo Petro.

Durante audiência no Tribunal Superior de Bogotá, a promotora María Cristina Patiño afirmou que Bonilla e Velasco “lideraram, promoveram e coordenaram” uma organização criminosa ativa entre maio de 2023 e outubro de 2024. Segundo a acusação, os ex-ministros usaram obras do Instituto Nacional de Vías (Invías) e da Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD) como moeda de troca política para garantir quórum e votos favoráveis aos projetos do Executivo.

O Ministério Público sustenta que contratos financiados com recursos públicos eram direcionados a regiões ligadas a parlamentares dispostos a apoiar proposições do governo. A liberação das verbas, de acordo com Patiño, funcionava como benefício político: “o modus operandi consistia em comprar congressistas por meio da entrega de contratos públicos”.

Bonilla, que comandou o Ministério da Fazenda de maio de 2023 a dezembro de 2024, também é acusado de influenciar a distribuição de 92 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 23 milhões) para favorecer seis congressistas que votaram pela ampliação do limite de endividamento federal. Já Velasco, além de titular do Interior, chegou a chefiar interinamente a UNGRD.

A investigação teve origem nas declarações de Sneyder Pinilla, ex-subdiretor da UNGRD, condenado a mais de cinco anos de prisão. Pinilla relatou pagamentos de propina em 2023 aos então presidentes do Senado e da Câmara, Iván Name e Andrés Calle, atualmente detidos e investigados pela Suprema Corte por corrupção e peculato.

Ricardo Bonilla e Luis Fernando Velasco negam as acusações.

Com informações de Gazeta do Povo