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Maduro revoga autorizações de voo de Gol, Latam e mais quatro empresas na Venezuela

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Caracas — O governo de Nicolás Maduro retirou, na noite de quarta-feira (26), as licenças para operação na Venezuela das companhias aéreas Gol, Latam Colômbia, Iberia, TAP, Avianca e Turkish Airlines. A medida foi publicada pelo Ministério do Transporte e pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC).

Segundo o comunicado oficial, as seis empresas “aderiram às ações de terrorismo de Estado dos Estados Unidos” ao suspender unilateralmente voos de chegada e saída do país. Na segunda-feira, o Executivo chavista havia concedido 48 horas para que as companhias retomassem as rotas; o prazo encerrou-se na quarta-feira sem que os serviços fossem restabelecidos.

Alerta dos EUA antecedeu suspensão

Gol, Latam, Iberia, TAP, Avianca e Turkish suspenderam operações depois que a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) recomendou, na sexta-feira (21), “extrema precaução” ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe, citando “situação potencialmente perigosa na região”.

“Direito de admissão”

Em programa transmitido pela TV estatal VTV, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, declarou que o país “decide quem voa e quem não voa” e “se reserva o direito de admissão”. “Se em 48 horas vocês não retomarem os voos, não retomem mais. Fiquem com seus aviões e nós ficamos com nossa dignidade”, afirmou.

Companhias que ainda operam

Continuam com voos regulares para a Venezuela a panamenha Copa, a colombiana Wingo, a Boliviana de Aviación, a colombiana Satena e, no mercado interno, as venezuelanas Avior e Conviasa (estatal).

Suspensões adicionais

Também na terça-feira (25), as venezuelanas Laser e Estelar informaram a interrupção de voos para Madri até 1.º de dezembro, após alertas da Autoridade Aeronáutica da Espanha (AESA). As rotas eram operadas em parceria com as espanholas Plus Ultra e Iberojet.

Tensão no Caribe

Desde o início de novembro, os Estados Unidos mantêm navios e aeronaves militares no mar do Caribe, próximos às águas venezuelanas. Caracas interpreta o deslocamento como “ameaça” de mudança de regime, enquanto Washington afirma que a mobilização combate o narcotráfico na região.

Não há, até o momento, previsão de retomada das operações das seis companhias afetadas.

Com informações de Gazeta do Povo