Rio de Janeiro – O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela (Inac) advertiu que as companhias que suspenderam voos para o país desde a semana passada deverão restabelecer as rotas em até 48 horas. Caso a determinação não seja cumprida, essas empresas poderão ter seus direitos de operação cancelados.
A medida foi divulgada nesta segunda-feira (24) pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que representa empresas do setor em todo o mundo. Segundo a entidade, a eventual cassação de licenças reduziria ainda mais a já limitada conectividade aérea da Venezuela.
No comunicado, a Iata pediu que autoridades envolvidas na atual avaliação de segurança do espaço aéreo venezuelano trabalhem de forma coordenada e forneçam informações claras às companhias que operam na Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía, que atende Caracas.
Alertas de segurança
Na sexta-feira (21), a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) emitiu alerta recomendando cautela a aeronaves que voam nas proximidades do Aeroporto Internacional Simón Bolívar, após registrar agravamento na situação de segurança e aumento da atividade militar na área.
Já na segunda-feira, o governo da Espanha aconselhou transportadoras a evitarem o espaço aéreo venezuelano, em meio às tensões entre Washington e o regime de Nicolás Maduro.
De acordo com o site Efecto Cocuyo, Iberia, Latam e Turkish Airlines estão entre as empresas que suspenderam temporariamente os voos para a Venezuela após esses alertas.
A Iata destacou que essas interrupções são provisórias e resultam de análises de risco voltadas à proteção de passageiros, tripulações e aeronaves, em conformidade com os Anexos 6 e 17 da Convenção de Chicago.
As companhias associadas afirmam que retomarão as operações assim que as condições permitirem e que mantêm diálogo com as autoridades venezuelanas para garantir segurança, conectividade e respeito aos direitos dos passageiros.
Com informações de Gazeta do Povo