Mais de 300 estudantes e 12 funcionários da escola cristã St. Mary, localizada no estado de Níger, Noroeste da Nigéria, foram sequestrados nas primeiras horas da sexta-feira, 21 de junho. O episódio soma-se a uma série de raptos em instituições de ensino na região.
De acordo com Bulus Dauwa Yohanna, presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN) no estado e proprietário da escola, 50 meninas com idades entre 10 e 18 anos conseguiram fugir entre sexta e sábado. Permanecem em cativeiro 253 alunas e todos os 12 membros da equipe escolar.
Reação do governo
O presidente nigeriano, Bola Tinubu, determinou a contratação imediata de 30 mil novos policiais após reunião com chefes de segurança no domingo. Tinubu também ordenou que agentes destacados para proteção de personalidades sejam realocados para tarefas essenciais, sobretudo em áreas remotas suscetíveis a ataques.
Fechamento de escolas
Diante da escalada da violência, o governo fechou quase 50 colégios federais e todas as escolas públicas do Norte do país, ultrapassando dez mil unidades paralisadas. Trata-se do maior sequestro escolar já registrado na Nigéria.
Temor de novos raptos
Fontes locais alertam para a possibilidade de aumento dos sequestros nas próximas semanas e recomendam que a população evite viagens em grupo. O ex-ministro da Informação Jerry Gana avalia que grupos armados podem usar as crianças como escudos humanos após ameaças recentes do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relatou o jornal Punch.
Impacto na educação
Especialistas da Portas Abertas apontam que a insegurança empurra milhões de crianças para o analfabetismo, o casamento precoce e a pobreza, fatores que alimentam o recrutamento por militâncias extremistas.
“Estamos profundamente entristecidos por esses sequestros, que lembram o caso das meninas de Chibok. Exortamos o governo a devolver estudantes e professores às famílias e proteger as escolas”, declarou Jo Newhouse (pseudônimo), porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.
Com informações de Folha Gospel