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Suposta violação de tornozeleira sustenta prisão preventiva de Jair Bolsonaro

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na madrugada de sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi justificada, principalmente, por uma alegada tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica usada pelo político, além do risco de fuga favorecido por uma vigília de apoiadores.

Três fundamentos para a detenção

Na decisão, Moraes apontou três razões para autorizar a custódia antes do julgamento:

  • possibilidade de fuga durante a mobilização de simpatizantes;
  • risco de a multidão dificultar o trabalho policial;
  • suposta adulteração da tornozeleira eletrônica.

Ponto de discórdia jurídica

O pedido original de prisão, apresentado pela Polícia Federal (PF) e referendado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mencionava apenas a concentração de apoiadores. A referência à tornozeleira foi incluída por Moraes durante a madrugada, o que, segundo juristas e aliados de Bolsonaro, tornou a fundamentação mais consistente, mas também despertou críticas sobre a mudança de foco do processo.

O que mostra o vídeo divulgado

Imagens que circulam nas redes sociais exibem o equipamento com marcas de queimadura. No vídeo, Bolsonaro é questionado sobre o dano e afirma ter encostado um ferro de solda na tornozeleira “por curiosidade”. Para Moraes, o registro configura “indício gravíssimo” de preparação de fuga.

Argumentos da defesa

Advogados e apoiadores do ex-presidente contestam a sequência dos fatos. Eles alegam que a suposta violação ocorreu cerca de 20 horas antes da vigília mencionada como facilitadora de fuga. O advogado Fábio Wajngarten declarou que o dispositivo seguia funcionando normalmente horas depois do alegado rompimento.

Impacto na condução do caso

A inclusão do possível dano à tornozeleira transferiu o foco da discussão jurídica para a hipótese de tentativa de fuga, reforçando o embasamento da ordem de prisão e influenciando a repercussão nacional e internacional do episódio.

As investigações prosseguem sob sigilo, enquanto a defesa prepara novos recursos para tentar reverter a decisão do STF.

Com informações de Gazeta do Povo